quinta-feira, 10 de abril de 2008

Sonhar não custa nada... ou custa?


Sonhar não é tão simples quanto parece...
Ao contrário, pode ser uma atividade perigosa...
Quando queremos algo, colocamos em marcha energias poderosas e não conseguimos mais esconder de nós mesmos o verdadeiro sentido da vida.
Quando queremos algo, fazemos a escolha de um preço a pagar.
Seguir um sonho tem um preço.
Pode exigir que a gente abra mão de velhos hábitos, pode nos fazer passar dificuldades, desânimos, decepções.
Porém, por mais alto que seja esse preço, nunca será tão grande quanto aquele pago por quem nunca se arriscou...
Porque esses, um dia, vão olhar para trás, ver tudo o que não fizeram e escutar o próprio coração dizer: desperdicei a minha vida?
Essa é uma das piores constatações que alguém pode fazer.
E aí, será tarde demais.
Pensamento de Mário Quintana:
"Se as coisas são inatingíveisOra, não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos se não fora a presença distante das estrelas."
Abraços a todos

quarta-feira, 9 de abril de 2008

SOBRE ESTAR SOZINHO


Por Flávio Gikovate, Médico Psicoterapeuta

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente. Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem. O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...
A pior solidão é aquela que se sente quando acompanhado.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

IDADE VERSUS MATURIDADE

Cheguei aos 32 anos...ufa

Dentre todos os sinais de fumaça enviando no meu niver, o mais emocionante foi o de Mário, que certamente se tornou no presente mais valioso que recebi....Muito Obrigado Amigo!

IDADE VERSUS MATURIDADE


Desde as épocas imemoriais a criatura humana busca, em seu cotidiano, a harmonia de viver bem com a aparência. A beleza sempre esteve ligada à auto-estima do indivíduo, favorecendo, dessa forma, toda e qualquer relação de convivência entre os seres.
Nessa luta constante, o homem criou inúmeras formas de retardar o envelhecimento, utilizando-se dos avanços tecnológicos no campo da ciência estética, porém, esquece-se de lograr objetivos mais profundos que o levariam a beleza interior, através do doce processo educativo da maturidade. Os anos vêm, e com eles as marcas da existência, transparecendo, muitas vezes, a experiência inexorável da vida.
O medo do nada atinge as pessoas, causando-lhes ansiedade e evidenciando a corrida desenfreada pela vivência exagerada de prazeres fúteis que, nas mais das vezes, só nos fazem mergulhar em ilusões, quando na verdade deveriam conduzir-nos a felicidade. Existem pessoas que buscam incansavelmente o romper de mais uma primavera, lamentando que a vida para com eles tem sido rude e melhor seria a morte a poupar-lhes do sofrimento. Já outros, sonham com a longevidade tentando viver cada ano como um desabrochar de um novo botão de rosa.
Talvez o grande enigma encontre resposta, na ação de cuidarmos dos dois lados simultaneamente. È nobre o gesto de cuidar-se, de buscar uma boa aparência física, mas não podemos olvidar da necessidade da lapidação íntima feita através da analise dos fatos que nos ocorrem. É comum nos dias atuais, ficarmos admirados com pessoas que envelheceram tornando-se sábias, no entanto, convém lembrar que esses exemplos não adquiriram sabedoria de um dia para o outro, e que essa maturidade é fruto de um exercício diário que começou ainda cedo, logo nos primeiros anos do uso da razão, na tentativa eficaz de vencer a larga infância psicológica do ser.
Com tudo isso, quero falar ao homem, ao amigo e irmão, àquele que a vida brindou com 32 anos que se perdem na imensidão dos evos. Busca o teu equilíbrio na paz do oceano, que te emoldura a paisagem em cada despertar de um novo dia. Rompe o motor contínuo que tenta te arrastar para os abismos da depressão. Vive essa data certa de que outras virão e que é preciso amor para viver e força para amar. Sê angelical, mesmo quando a vida fizer-te o convite amargo do sofrimento. Tua maturidade será a base para os pés que te susténs e livrar-te-á de qualquer ínsidia do destino. Mais 32 anos? Não sei. Deixo isso por conta Daquele que tudo sabe e compreende. Mas na minha ignorância, sei que você me faz bem e que todo bem do mundo seria pouco pra te desejar nesse dia, que por si só preenche teu âmago te fazendo viajar em mil lembranças, que nada mais são do que peças de um enorme quebra-cabeça que formam o FABIANO LOPES MENEZES

Muita paz!!!!

Mário Henrique